Você pode nunca ter ouvido falar sobre os
quolls, os gatos-marsupiais, um gato típico da fauna australiana, mas não vai
esquecê-lo quando descobrir como são os rituais de acasalamento da espécie.
Durante o inverno, todas as fêmeas ficam excitadas ao mesmo tempo, causando uma
agitação reprodutiva na espécie. Os machos tentam acasalar com o máximo de
fêmeas possível e isso não acontece de um jeitinho carinhoso. Eles agarram as
companheiras pelo pescoço e as arrastam. As sessões de acasalamento duram, em
média, três horas, mas podem levar um dia inteiro para terminar. Isso ocorre
porque o quoll macho libera pouco esperma por vez, então eles precisam ejacular
várias vezes para garantir que seus genes sejam repassados. Os quolls machos são
violentos e cruéis. Na verdade, com tantas mordidas, arranhões e gritos, ao
final do sexo, muitas fêmeas morrem e são comidas pelos parceiros
enraivecidos.
Como se a natureza quisesse compensar as fêmeas
pelo seu sofrimento, muitos machos gastam tanta energia durante o acasalamento
que acabam perdendo peso, ficando carecas e morrem algumas semanas depois da
fúria sexual.
2 –
Percevejos: Empalá-la? Eu nem a conheço!
Por que se preocupar em namorar e acasalar,
quando você pode, ao invés disso, empalar e correr? Esse é o método de
reprodução utilizado pelo percevejo. Na verdade, em vez de encontrar órgãos
reprodutores da fêmea e ser um pouquinho gentil e cavalheiro, em um rápido
movimento ele se insere na fêmea como se tivesse golpeando-a com facadas,
deposita esperma em seu estômago e a deixa. Então, o esperma viaja através da
corrente sanguínea da fêmea em recipientes de esperma e acaba chegando aos
ovários.
Este tipo de comportamento de acasalamento é
conhecido pelo título aterrorizante de “inserção traumática”, e certamente faz
jus ao nome.
3 –
Lula: Esses escorregadios não são bons cefalópodes
A lula pode não ser o animal mais sexy do mundo,
mas você vai descobrir que ela se encontra entre as espécies mais excêntricas. O
lula-luminescente-de-mar-profundo macho usa seu bico e garras afiadas para cavar
buracos na sua companheira antes de usar o pênis como apêndice e inserir esperma
nos cortes. Por outro lado, a lula Onykia ingens evita cortar a pele da
fêmea e utiliza uma enzima que dissolve tecido para inserir o
esperma.
Já a espécie Ancistrocheirus
lesueurii é conhecida como a primeira lula transsexual e, como
alguns homens, não só se assemelham às fêmeas na aparência, mas ainda têm
glândulas sexuais femininas. Embora o debate ainda esteja em aberto sobre qual
vantagem evolutiva isso proporciona, alguns pesquisadores especulam que este
fator permite que as lulas se aproximem de potenciais companheiros sem serem
detectadas
4 –
Focas: Mantendo relações sexuais rumo a lista de espécies
ameaçadas
Existe algo mais bonito do que uma foca bebê?
Não é muito bonito quando ele é esmagado até a morte por várias focas macho que
queriam entrar em ação quando ouviram um outro casal se acasalando. Você acha
que isso nunca acontece? Pois acontece. Algumas colônias foram conhecidas por
perderem dois terços de seus filhotes dessa maneira. É por isso que os bebês
foca crescem tão rápido: quanto mais cedo se desenvolverem, mais chance terão
para evitar de serem esmagados até a morte.
Existem mais de 350.000 espécies de besouro e
seus métodos reprodutivos variam drasticamente. Porém, quando se trata de sexo,
poucos estão em situação pior que a fêmea do besouro de semente. Isso acontece
porque o besouro de semente macho possui um pênis muito pontiagudo que sempre
machuca a fêmea durante a cópula. Pesquisadores concluíram que o pênis
pontiagudo ajuda, de alguma forma, a se armarem para a corrida genética e
aqueles que são mais pontiagudos e maiores terão uma descendência
maior.
Os cientistas também têm uma resposta para o
fato de os besouros de semente fêmeas aceitarem fazer parte dessa experiência
tão traumatizante. O líquido ejaculado pelo besouro macho fornece uma hidratação
necessária para as fêmeas, que vivem em um ambiente bem árido. Quando os insetos
estão bem hidratados, o interesse da fêmea fica reduzido, mas quando o ambiente
se torna seco, elas tornam-se insaciáveis. Bom, pelo menos, existe um lado bom
dessa experiência horrível.
6 –
Vermes: Esgrima como preliminares
7 –
Lesmas e caracóis: Brincar de cupido é menos romântico do que
parece
Como os vermes, caracóis e lesmas também são
hermafroditas e lutar faz parte do processo de reprodução. Embora eles não
empunhem seus pênis um contra o outro, o ritual de acasalamento é tão estranho
quanto.
Os órgãos genitais das lemas e caracóis ficam
escondidos em seus pescoços por trás dos olhos. Uma vez que eles não possuem
pênis, não fazem uma batalha de espadas, ao invés disso, disparam os chamados
“dardos do amor” um ao outro. Os dardos, feitos principalmente de cálcio, não
contêm esperma, mas fazem com que a vítima se torne mais receptiva aos
espermatozóides do atirador, permitindo-lhe compartilhar seus genes com a
próxima geração.
“Dardos do amor” podem ser bastante perigosos e
algumas vítimas ficaram conhecidas por levarem um tiro no olho ou no cérebro
durante o processo. Mas não se preocupe, eles sobrevivem, apenas carregam um
dardo gigante por um tempo.
8 –
Abelhas: Lá se vai o pênis
9 –
Aranhas: Quebrando um pedaço daquilo, literalmente
Aranhas vespas não são as únicas espécies de
aranhas a perderem suas partes durante o sexo. Na verdade, a Tidarren
sisyphoides mastiga voluntariamente um dos seus órgãos sexuais antes do
acasalamento para que o macho possa passar seus genes ao longo da sua
companheira mais rápido, sendo assim, capaz de engravidá-la antes de aranhas
concorrentes terem a oportunidade.
10 –
Polvos: observem a agitação dos tentáculos
Da próxima vez que você olhar para o tentáculo
de um polvo, lembre-se, você pode estar olhando para um de seus braços ou para o
seu pênis. Embora o tentáculo não seja verdadeiramente um pênis, em muitas
espécies, ele realmente se enche de sangue e torna-se ereto como acontece com o
ser humano. Independentemente da espécie, porém, o processo básico é sempre o
mesmo: o macho possui pacotes de espermatozóide no seu tentáculo sexual e o
utiliza para colocar o esperma no corpo da fêmea. Em todas as espécies, o órgão
do macho fica embutido no corpo da fêmea. Ele não pode regenerar seu tentáculo
pênis e morrerá em poucos meses.
Em algumas espécies, porém, o processo é muito
mais bizarro. Por exemplo, o Paper Nautilus se separa de seu pênis
tentáculo e deixa-o nadar sozinho sobre a fêmea. O polvo do
gêneroTremoctopus tem o hábito de acasalamento discreto. O
macho, que é aproximadamente 40.000 vezes menor do que a fêmea, vai nadar até a
companheira , colocar o pênis tentáculo em algum lugar do corpo da fêmea e
depois nadar para morrer. A fêmea raramente percebe o encontro, apenas
procurando em torno de seu corpo até encontrar a fenda branquial, onde irá
esperar o amadurecimento dos ovos
11 –
Louva-deus: Quer beliscar um petisco depois de transar?
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