quinta-feira, 14 de março de 2013

CÃES HIPOALERGÊNICOS

Os cães hipoalergénicos são animais com características de pele e pelagem com uma menor tendência para causar alergias. Um cão hipoalergénico e cuidados de higiene redobrados podem fazer com que uma pessoa com "alergia a animais" consiga conviver com um cão sem sintomas.

Para uma pessoa que não dispensa cães na sua vida, a notícia de que é alérgica ou que tem um filho alérgico pode ser devastadora. Muitos insistem em ficar com o cão e acabam por conquistar os sintomas, mas outros vêem-se confrontados com um mal-estar físico cada vez que se aproximam de um cão.

Alergia, mas não ao pêlo


As reacções alérgicas são desencadeadas pelo sistema imunitário que encara certas substâncias como ameaças ao organismo. Ao contrário da crença comum, as pessoas não são alérgicas ao pêlo do cão, mas sim às células de pele morta, saliva e secreções das glândulas sebáceas do animal. Estas substâncias deslocam-se no ar e esta é a principal forma de contacto com os alérgicos.

Raças Hipoalergénicas


Os cães hipoalergénicos são raças que pelas suas características do pêlo e pele lançam menos agentes causadores de irritação para o ar. “Hipo” significa “menos” e não é garantia de que não provoque alergias. Contudo, muitas pessoas com alergias às secreções e às células mortes dos cães conseguem conviver sem sintomas com cães de raças hipoalergénicas. As principais características para que um cão seja considerado hipoalergénico são:

  • Não ter subpêlo – menor produção de células mortas
  • Não largar pêlo – capacidade de reter as células mortas;
  • Ser pequeno – menor quantidade de células mortas.

As raças consideradas pelo maior canil norte-americano (AKC) como hipoalergénicas são:

  • Cão de Água Português
  • Bedlington Terrier
  • Bichon Frise
  • Chinese Crested Dog
  • Irish Water Spaniel
  • Kerry Blue Terrier
  • Maltese
  • Caniches (todas as variedades de porte)
  • Schnauzer (todas as variedades de porte)
  • Soft Coated Wheaten Terrier
  • Xoloitzquintle

Escolher a raça


Não se entusiasme demasiado, nem se desiluda cedo com a lista de cães apresentada. Não corra a escolher um destes cães e a comprá-lo, uma vez que podem não resultar no seu caso. Contudo, não desista se esteve perto de uma destas raças e não resultou. Muitos alérgicos não se adaptaram a uma raça para descobrirem que convivem sem sintomas com outras.

Quando se tem alergias, tende-se a olhar a característica hipoalergénica como a mais importante. Lembre-se que a personalidade e exigências do animal devem também ser tidas em conta quando escolher uma determinada raça. Os cães mais pequenos são menos problemáticos para os alérgicos, mas os Bichons, por exemplo, não são boas opções para famílias com crianças.

Pesquise acerca das características do animal, necessidades de exercício e temperamento e não escolha apenas baseando-se no factor menos alergia.

Teste os testes


O alergologista passou-lhe a informação: é alérgico a animais. Pior, a raça de animais da sua eleição não é considerada hipoalergénica. Não perca a calma e teste o resultado médico.

A melhor opção é contactar criadores e expor a situação. Peça-lhe para visitar os cães para testar as alergias. Passe uma manhã ou tarde no local, fazendo festas e brincando com os animais e verifique se os sintomas de alergia surgem. Se surgirem, experimente outras raças.

Os alérgenos presentes nos animais são muitas vezes específicos da raça. O que acontece é que poderá não desenvolver alergias quando em contacto com uma raça específica e apresentar sintomas quando está em contacto com outras.

Tenha também em atenção outros alérgenos que possam estar no local. Se for alérgico ao pólen não visite criadores no campo na altura da Primavera. Tente limitar o máximo a exposição a outros alérgenos quando testa a reacção a uma determinada raça de cães.

Reduzir os Riscos


Existem outras formas de reduzir os riscos de alergia para além da compra de um cão hipoalergénico.

  • Escove o cão frequentemente – Ao escovar o animal está a remover as células mortas depositadas no pêlo e a evitar que estas se espalhem pelo ar. Se não pode confiar essa tarefa a outra pessoa, utilize uma máscara.
  • Banhos regulares – Apesar de os banhos frequentes serem evitáveis na maioria das raças de cães, as raças hipoalergénicas aguentam bem banhos semanais, desde que utilize produtos específicos para o animal. Existe mesmo quem recomende banhos duas vezes por semana.
  • Quarto de dormir vedado – Não permita que o animal durma na sua cama ou no seu quarto não deixe que tenha acesso a esta divisão durante o dia. Isto vai permitir-lhe ter uma zona “não contaminada” onde pode passar longas horas (em média 8 horas) sem estímulos que provoquem alergias.
  • Lave a cama do cão frequentemente – Incentive o cão a dormir na cama pensada para ele e lave o sítio regularmente. Com isto está a concentrar as células mortas num só sítio, o que lhe permite eliminar o maior depósito de alérgenos com uma lavagem. Faça isto sempre que der banho ao animal.
  • Aspire e limpe as paredes – Ao reduzir o número de partículas mortas na sua casa, está a diminuir o quantidade de alérgenos.
  • Arejar a casa – Abra as janelas sempre que possível para permitir que as células mortas sejam levadas pela corrente de ar.
  • Conversar com o médico – Fale abertamente com o alergologista sobre a sua paixão por cães e o seu desejo de manter um cão, apesar da sua alergia. Em conjunto podem conseguir elaborar um plano de redução dos sintomas.

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